Disturbing beauty (2019)

The colourful pieces of Belgian artist Sofi van Saltbommel (°1973, Brussels) radiate a profound ambiguity: between sculpture, ceramics and fashion, between art and crafts, between seriousness and drollness and between wildness and refinement. By integrating apparently banal objects such as fake fur, wool leftovers or plastic dolls in her creations she shakes up conventions of low and high culture. As the matter is never completely overruled by the shape, the paper clay pieces address to our sub consciousness and invite us to freely make associations.

Just like carnival the art of Sofi van Saltbommel gives us the opportunity to abandon the well-trodden path of rationality, in order to liberate our imagination and animal instincts. It is an invitation to unchain our human soul, experiment and embrace diversity. In this sense the work of Van Saltbommel perfectly fits the context of today’s globalised world and a multicultural city like her hometown Brussels, which played a major role in the surrealist movement. In order to find out what we can be or cannot be, Van Saltbommel addresses the depths of our society and our human condition, like a contemporary, female version of the world-renowned Belgian painter James Ensor (1860-1949).

Beleza desconcertante (2019)

As coloridas peças da artista belga Sofi van Saltbommel (1973, Bruxelas) irradiam uma profunda ambiguidade: entre a escultura, a cerâmica e a moda, entre a arte e o artesanato, entre a seriedade e a descontração e entre o bruto e o requintado. Ao integrar à primeira vista objetos banais como pêlos falsos, sobras de lã ou bonecas de plástico em suas criações, ela explora as convenções culturais de dois extremos. Como a substância nunca é completamente anulada pela forma, os pedaços de barro de papel se dirigem ao nosso subconsciênte e nos convidam a fazer livremente associações.

Assim como o carnaval, a arte de Sofi van Saltbommel nos dá a oportunidade de deixar o trilhado caminho da racionalidade, afim de liberar nossa imaginação e até instintos animais. É um convite para desacorrentar nossa alma humana, experimentar e abraçar a diversidade. Nesse sentido, o trabalho de Van Saltbommel se encaixa perfeitamente no contexto do mundo globalizado de hoje e em uma cidade multicultural como sua cidade natal, Bruxelas, que desempenhou um importante papel no movimento surrealista. A fim de descobrir o que podemos ou não ser, como a versão contemporânea feminina do pintor belga de renome mundial James Ensor (1860-1949) Van Saltbommel aborda as profundezas de nossa sociedade e nossa condição humana.